sábado, 8 de junho de 2013

Obama candidato (esperança); Obama presidente (decepção).




Se durante a campanha à presidência (entre 2007-2008) Barack Obama se mostrou uma opção clara e lógica para aqueles tantos eleitores decepcionados com o reino de terror em que George W. Bush transformou os EUA, após ser eleito ele praticamente ignorou sua plataforma de governo e decidiu dar ouvidos à Wall Street e aos mesmos políticos sanguinários que assessoravam seu antecessor na Casa Branca.

Primeiro vieram as inúmeras decepções; depois as falhas de caráter, a ruptura com a Constituição; e por fim, as desculpas esfarrapadas.




Pegue como exemplo o atentado à embaixada americana em Benghazi (quatro pessoas foram mortas, incluindo o embaixador dos EUA J. Christopher Stevens, numa clara negligência do governo). Um oficial de segurança em Benghazi e um comandante de batalhão se reuniram com diplomatas norte-americanos, três dias antes do ataque e alertaram os Estados Unidos sobre a deterioração da segurança na área. O funcionário disse à CNN que os diplomatas tinham sido avisados. Além da demora nas investigações. Mostrou despreparo em um momento de crise aguda.

A economia patina; a dívida do país é estratosférica (claro que a culpa é muito maior de Bush que afundou o país para invadir dois países e roubar petróleo para sua confraria de patifes). Os valore atuais, segundo o jornal The Washington Post é de $16.85 trilhões, e por pessoa o débito é de $53,000. Não acabou.




Além do recrudescimento das ações imperialistas no exterior, os drones matando crianças e mulheres (civis, sempre os civis...) na Somália, Afeganistão, Iêmen, Iraque, Paquistão, e de forjar morte cinematográfica do maior terrorista da atualidade (Bin Laden), cujo corpo ninguém viu até hoje (nem verá). Artifício comum em período pré-eleitoral, para alavancar a popularidade. Não parou por aí.

Tudo isso já seria motivo para se exigir a abertura de investigações do Congresso contra o Executivo. Mas o pior estava por vir.

As investigações do projeto padrão Gunrunner era para seguir os negociantes de armas para a mão dos compradores d cartel no México, e em seguida, prender ambas as partes e apreender as armas. Meses depois, estas mesmas armas foram as que os traficantes mexicanos, na fronteira, mataram dois agentes americanos. Isso colocou as agências envolvidas (entre elas o FBI) em situação delicada. Mais uma vez, Obama mostrava sinais de incompetência. Tinha mais.




Desde o ano passado pipocam na mídia britânica notícias de grampos contra jornalistas, não só americanos, como também os europeus. Violando um princípio de liberdade civil que beira o absurdo. Desde agências de notícias internacionais (Associated Press, Reuters), até os jornais The Guardian (Inglaterra) e os próprios veículos de imprensa dos EUA. Leia AQUI e AQUI. Isso colocou Obama (que alegou desconhecimento de causa) em uma situação embaraçosa. Mas havia mais.

O escândalo do IRS, equivalente à receita federal, que investigou os grupos ligados ao conservador Partido Republicano foram espionados pelo governo, numa espécie de Watergate do século XXI. Os propósitos, como sempre, escamoteados, e os diretores do órgão jogados aos leões, como é de prática em assuntos dessa magnitude. Além de vários destes funcionários terem gasto mais de 50 milhões em jogos de basquete, estadias em hotéis, jantares luxuosos, durante mais de um ano. Mas não havia acabado, ainda.

2012 houve inúmeras denúncias de estupros de presidiárias por parte de alguns carcereiros. Leia AQUI. Protegeu a gigante Monsanto de investigações mais contundentes no Congresso. Ele se recusou a fechar Guantánamo (promessa de campanha) e interveio na "Primavera Árabe", sempre do jeito que lhe era conveniente. Além de se esquecer da causa palestina.

O insistente apoio a grupos paramilitares com o intuito de derrubar regimes (o suporte aos “rebeldes” sírios, apenas para poder demarcar território, numa repetição do erro que foi a Al-Qaeda, que nos brindou com Bin Laden e Cia) continua mostrando a faceta intervencionista do governo americano que, como se sabe, sempre acaba de maneira errada.

E o maior de todos os escândalos: milhares de pessoas sendo espionadas pelo governo (e-mail, telefone, mensagens de texto, fotos, cartões de crédito), com a anuência das empresas gigantes do setor, como Google, Yahoo e Facebook  --a propósito da denúncia Mark Zuckerberg nega; mas dá pra acreditar em alguém que tenha traído os próprios parceiros para se apropriar da rede social emergente?




Não é novidade pra ninguém que a Constituição americana tenha sido desrespeitada. Afinal o malfadado Decreto Patriota (que contou com a assinatura do então senador por Chicago Barack Obama) violentou direitos civis em troca de uma pretensa “segurança”, na eterna luta contra o terrorismo (?).

Como um presidente que prima pela ausência completa de caráter pode interpelar países como a China, que tem por hábito hackear sites governamentais e rastrear seu próprio povo? Soa ridículo censurar as ações do governo chinês por atitudes em que os americanos sempre se destacaram: a imoralidade.



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Obama passou, a muito tempo, de uma esperança para um sinistro político movido por interesses escusos e agenda militarista. Ele pode se tornar o segundo presidente americano a ser deposto por um processo de impeachment, já que até entre os democratas, ele encontra críticas e resistência às suas desculpas. Seria o triste fim de uma figura política que em seu discurso de posse encheu de esperança seus eleitores, os levando às lágrimas.


No vídeo abaixo, o candidato Obama critica duramente o presidente Bush, dizendo que, se eleito, faria de tudo para manter a segurança do país, sem comprometer a liberdade individual.








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